Pelo menos 8.106 acidentes de viação, que provocaram 1.600 mortos, menos 336 em relação ao ano transacto, e 9.360 feridos (menos 308), foram registados no país, entre Janeiro e Outubro do ano em curso, pelas autoridades policiais.
Segundo dados divulgados pelas autoridades, no quadro do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, que se assinalou ontem, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 776 sinistros.
Dos sinistros, foram registados 2.678 atropelamentos, com 742 mortos e 3.246 feridos. Os dados oficiais indicam que a sinistralidade rodoviária é a segunda causa de morte depois da malária.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que anualmente, em todo o mundo, mais de um milhão de pessoas perdem a vida e aponta os acidentes rodoviários como a principal causa de morte e de incapacidade física e psicológica entre os adolescentes e jovens dos dez aos 25 anos.
Segundo o porta-voz da Direcção de Tráfego e Segurança Rodoviária da Polícia Nacional, intendente João Pereira, este ano o dia Mundial em Memória às Vítimas da Estrada não se assinalou como nos anos anteriores, com uma marcha e outras actividades, devido à pandemia da Covid-19 e em obediência ao Decreto Presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública, que proíbe ajuntamentos de mais de cinco pessoas.
Informou que diariamente ocorrem, em média, de 25,5 acidentes, 4,9 mortes e 27,4 feridos.
A província de Luanda foi a que mais acidentes registou, com um total de 1.338 (menos 131), seguida da Huíla com 614 (menos 199), Benguela com 564 (menos 35) e Huambo com 532 (menos 154).
A Direcção de Tráfego e Segurança Rodoviária desaconselha o uso de álcool e do telemóvel durante a condução, bem como o desrespeito ao Código de Estrada, excesso de velocidade e ultrapassagens irregulares.
Vice-Presidente apela à condução prudente
O Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, apelou, ontem, aos angolanos, uma condução prudente e responsável, para se evitar perda de vidas humanas.
Na mensagem endereçada no âmbito do Dia Mundial em Memória às Vítimas da Estrada, Bornito de Sousa rende homenagem a todos os que, tragicamente, perderam a vida nas estradas ou viram as suas vidas, a das suas famílias, empresas e comunidades, privadas da sua plena contribuição.
O também coordenador do Conselho Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito manifestou, ainda, a sua solidariedade para com os que, devido a um evento trágico e repentino, viram as suas vidas temporária ou para sempre transformadas, ficando obrigados a conviver com as marcas, na memória ou no corpo.
“Compaixão por aqueles que, por um desastre nas nossas estradas, viram desaparecer para sempre um familiar ou um amigo”, lê-se na mensagem.
O Vice-Presidente considera que é possível fazer um pouco mais e melhor para se evitar mortes nas estradas.
Bornito de Sousa apela à união para reforçar a importante função social, económica e estratégica das estradas, tornando-as espaços de civismo e cordialidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em todo o mundo, mais de um milhão de pessoas perde a vida, anualmente, e aponta os acidentes rodoviários como a principal causa de morte e de incapacidade física e psicológica, fundamentalmente entre os adolescentes e jovens, entre os 10 e os 25 anos.