O comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, reprovou as mensagens de incitamento à violência e desordem, que estão a ser promovidas no âmbito da manifestação convocada para o dia da Independência Nacional.
Numa mensagem dirigida à população, acerca do actual momento que o país vive, Paulo de Almeida apelou aos cidadãos a transformarem o 11 de Novembro numa data de reflexão, harmonia e de união, pautando sempre por uma postura cívica, patriótica e de sã convivência social.
O comandante-geral garantiu que a corporação tem acompanhado, nas redes sociais e outros órgãos de comunicação social, pronunciamentos sustentados por várias motivações, com a intenção de uma manifestação nos próximos dias, em todo o país.
Tais pronunciamentos, reforçou, incitam à violência e desordem e apelam à afronta contra as forças de Defesa e Segurança e, até mesmo, à alteração da ordem constitucional.
Paulo de Almeida lembrou que o direito à manifestação está consagrado na Constituição da República e garante, a todos os cidadãos, a liberdade de reunião e de manifestação pacífica.
O responsável da Polícia Nacional deixou claro que a corporação vai fazer cumprir a Lei, não permitindo que seja inviabilizado o normal funcionamento das instituições, a liberdade de exercício dos direitos fundamentais dos cidadãos, evitando actos de desordem ou desacato às normas estabelecidas.
“A Polícia Nacional, entre outras atribuições, tem como missão principal a garantia da ordem e tranquilidade públicas, a defesa e a segurança das instituições legalmente estabelecidas, bem como o asseguramento e a protecção dos cidadãos, seus bens, direitos, liberdades e garantias fundamentais no estrito respeito pela Constituição e pelas leis”, sublinhou.
Apelou ainda à sociedade a não aderir a acções que tendem à violência ou atropelem as leis vigentes no país e a consciencialização e cooperação de todos os cidadãos para que o 11 de Novembro seja comemorado de maneira agradável.
“Todos nós somos chamados, de consciência, para que sejam respeitadas as leis e cumpridas as regras estabelecidas, de modo a evitar-se maior propagação da pandemia da Covid-19 e salvaguardar a vida humana”.
MPLA quer respeito pelos símbolos nacionais
A primeira secretária do MPLA em Luanda, Joana Lina, apelou, no sábado, o respeito pelas instituições do Estado e símbolos nacionais.
“Este chamado é para todos os munícipes de Lu-anda, que a data da Independência deve ser considerada como uma vitória de todos e pertence a todos os angolanos, a seguir ao bem vida é um dos bens mais preciosos”, disse Joana Lina, à margem da jornada de campo ao município de Luanda, no âmbito do programa “EME em Movimento”.
Em declarações à imprensa, Joana Lina apontou a liberdade e a auto-determinação como sendo factores que permitiram que o país pu-desse merecer o respeito na arena internacional. Segundo a Angop, Joana Lina apelou para o redobrar da vigilância, para que nada perturbe as comemorações do11 de Novembro.
A também governadora de Luanda recordou que a data da Independência Nacional é sagrada para todos os angolanos e deve ser comemorada com responsabilidade, orgulho e com o espírito de cidadania.
Joana Lina considerou de “graves” os pronunciamentos de dirigentes de partidos políticos que ignoram a pandemia da Covid-19 e incitam ao desrespeito das orientações do Executivo, relativamente ao distanciamento físico, convocando os cidadãos para manifestações. Relativamente à jornada de campo, a primeira secretária do MPLA afirmou que nos comités de acção do partido já visitados, as bases estão sólidas e preparadas para os novos desafios políticos.