O assassino do professor francês degolado na sexta-feira estava em contacto com um ‘jihadista’ russófono na Síria, indicou hoje fonte próxima do dossier.
A identidade deste ‘jihadista’ ainda não foi determinada”, adiantou a mesma fonte. Segundo o jornal Le Parisien, esta pessoa foi localizada através do seu endereço IP (número que identifica o computador) e estará em Idlib, o último bastião rebelde e ‘jihadista’ da Síria.
Samuel Paty, professor de 47 anos em Conflans-Sainte-Honorine na região parisiense, foi decapitado na sexta-feira por Abdullakh Anzorov, refugiado de origem russa chechena de 18 anos, por ter mostrado caricaturas do profeta Maomé no início de Outubro em duas aulas sobre a liberdade de expressão.
Abdullakh Anzorov reivindicou a sua acção numa mensagem áudio em russo, onde diz ter “vingado o profeta” Maomé, acusando o professor de o ter “mostrado de forma insultuosa”.
O jovem ouve-se sem fôlego na mensagem pontuada de referências ao Alcorão. “Irmãos, rezem para que Alá me aceite como um mártir”, refere, em declarações traduzidas pela agência France Presse.
Foi abatido pouco depois pela polícia.
Sete pessoas foram acusadas, seis das quais por “cumplicidade em assassínio terrorista”.