O Prémio Nobel da Química foi atribuído este ano aos cientistas Roger Penrose, Reinhard Genzel e Andrea Ghez pelas suas descobertas dos buracos negros, um lugar no espaço onde a gravidade é tão forte que nem a luz consegue escapar dela.
Ao anunciar a sua decisão, o Comité Nobel avaliou os diversos trabalhos dos cientistas, como Roger Penrose, que “usou métodos matemáticos engenhosos na sua prova de que os buracos negros são uma consequência direta da teoria geral da relatividade de Einstein”.
Por seu lado, o trabalho de Genzel e Ghez “deu à ciência a evidência mais convincente de um buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea”, considerou a Academia Sueca.
O britânico Roger Penrose, de 89 anos, é professor da Universidade de Oxford, e, pelas suas descobertas, ficará com a metade do prémio.
O alemão Reinhard Genzel, de 68 anos, é afiliado ao Instituto Max Planck para Física Extraterrestre em Garching, na Alemanha, e à Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos.
A americana Andrea Ghez, de 55 anos, é professora na Universidade da Califórnia em Los Angeles.
Numa primeira reação Ghez disse estar muito contente por receber o prémio.
“Levo muito a sério a responsabilidade de ser a quarta mulher a ganhar o prémio Nobel [em física] e espero poder inspirar outras jovens mulheres para uma área que tem tantos prazeres, e há muito para ser feito”, afirmou.
Recorde-se que na segunda-feira, 5, foi anunciado o Nobel de Medicina para Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice pela descoberta do vírus da hepatite C.
Os vencedores dos demais prémios serão anunciados nesta semana.