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Sábado, Novembro 23, 2024

Arménia e Azerbaijão em guerra, Rússia, França e Estados Unidos pedem cessar-fogo

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A Arménia declarou a lei marcial e mobilização militar total depois de confrontos com forças do Azerbaijão no enclave de Nagorno-Karabakh, anunciou neste domingo, 27, o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan.

O chefe do Governo arménio apelou aos cidadãos para se “prepararem para defender o país”.

Os dois países noticiaram violentos combates em redor do enclave controlado pela Arménia e situado em território azeri.

A Arménia acusou o Azerbaijão de ter atacado localidades civis na região.

“A nossa resposta será proporcional e a liderança politico-militar do Azerbaijão tem responsabilidade total pela situação”, disse o ministério da defesa arménio numa declaração.

O ministério disse que tropas arménias tinham abatido quatro helicópteros militares, 15“drones” e 10 tanques azeris depois de forças do Azerbaijão terem começado a bombardear posições no enclave incluindo a capital Stepanakert.

Contudo o ministério da defesa do Azerbaijão disse ter lançado uma operação militar ao longo “da linha de contacto” entre os dois países “para suprimir actividade de combate e garantir a segurança da população”.

O ministério confirmou que um dos seus helicópteros tinha sido abatido mas acrecentou que a tripulação sobreviveu. As autoridades azeris dizem ter capturado sete aldeias algo negado por Nagorno-Karabakh

Apelos à suspensão dos combates

Os confrontos provocaram de imediato uma intensa actividade diplomática para se tentar impedir a intensificação do conflito entre a Arménia de maioria cristã e o Azerbaijão de maioria muçulmana.

Oleodutos e gaseodutos transportando petróleo e gás do Azerbaijão passam perto de Nagorno-Karabakh e em Julho durante confrontos na fronteira o Azerbaijão ameaçou atacar um complexo de energia nuclear na Arménia.

O ministro dos negócios estrangeiros russo Sergei Lavrov falou hoje pelo telefone com os seus homólogos na Arménia e Azerbaijão.

A Turquia disse que a Arménia deve imediatamente cessar o que chamou de hostilidade para com o Azerbaijão

Os co-presidentes do Grupo de Minsk da Organização de Segurança e Cooperação Europeia (Igor Popov da Rússia, Stephane Visconti da França e Andrew Schofer dos Estados Unidos) expressaram “profunda preocupação” sobre “as acções militares em grande escala na Linha de Contacto na zona de conflito de Nagorno- Karabakh”.

“Condenamos em termos fortes o uso da força e lamentamos a perda de vida sem sentido , incluindo civis”, disseram aqueles diplomatas que apelaram às duas partes para “imediatamente porem fim às hostilidades e recomeçarem negociações para se encontrar uma solução sustentável do conflito”.

Os três países pediram às partes em conflito pata tomarem “as medidas necessárias para estabilizar a situação no terreno” acrescentando que não há alternativa a uma solução negociada do conflito”.

Negociações de paz medidas pelo “Grupo de Minsk” fracassaram em 2010.

Após o colapso da União Soviética em 1991 separatistas arménios capturaram Nagorno-Karabakh ao Azerbaijão depois de um guerra em que morreram 30.000 pessoas.

A Arménia capturou também território ligando o país ao enclave.

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