O avanço galopante da pandemia em todo o mundo e a ameaça de novas medidas severas para controlar a Covid-19, a par do quase certo regresso da Líbia à produção normal, depois de meses suspensa devido à guerra civil que este país do Norte de África atravessa, estão a pressionar fortemente e baixa o preço do crude nos mercados internacionais.
A cada vez mais certa segunda vaga da Covid-19, mesmo que sejam cada vez mais os especialistas a mostrar dúvidas sobre a real dimensão e importância do novo coronavírus, está a levar o crude a resvalar para valores por barril presos por cêntimos acima da fasquia dos 40 USD.
O WTI de Nova Iorque estava hoje, perto das 10:20 nos 40,28, -2.04% que na sessão de sexta-feira, enquanto o Brent, em Londres, mal conseguia suster-se nos 42 USD, menos 1,85 por cento que no fecho da última sessão.
Estes números mostram a severidade da situação por que passa o sector do petróleo devido à crise pandémica tendo em conta que um terceiro furacão em cerca de um mês está a ameaçar o Golfo do México, onde os EUA, o maior produtor mundial da actualidade, e o México, outro importante fornecedor da matéria-prima aos mercados, têm concentrada a sua fatia mais gorda da produção diária da matéria-prima.
Com este cenário pela frente, a “energia” que a última reunião da OPEP+, organismo que agrega os Países Exportadores (OPEP) e 10 não alinhados liderados pela Rússia, inseriu no sector está a desvanecer por causa da ameaça do acentuado recuo na procura entre as grandes economias, que são também, excepto a China, os países mais afectados pela pandemia, dos EUA à Índia, da Europa à Austrália…
Por detrás deste cenário severo para a economia dos países mais dependentes das exportações de crude, como é o caso de Angola, está o crescimento no número de casos da Covid-19, que já passou os 30 milhões em todo o mundo , estando a aproximar-se a grande velocidade do milhão de mortos.