O presidente do MDM, Daviz Simango, diz que a instabilidade e a violência armada que se registam no centro e no norte de Moçambique resultam da má governação desde a independência. Entretanto, foi divulgado que a violência em Cabo Delgado levou a uma reunião entre o Presidente da República e a petrolífera Total.
Sem rodeios, o presidente da terceira maior força política do país, na oposição, encontra motivos e culpados para a instabilidade militar que se vive nas províncias de Manica e Sofala, no centro de Moçambique, e o terrorismo na província nortenha de Cabo Delgado.
« A riqueza que está lá, não está a beneficiar aos locais. A falta de esperança e de horizonte dos vários jovens, [faz com que] se tornem vulneráveis e se juntem ao crime. Todos nós sabemos que Cabo Delgado foi um dos grandes palcos da luta de libertação nacional. Veio a independência e, agora, estão a pagar pela má governação desde a independência », defendeu Daviz Simango.
A posição de Daviz Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) surge uma semana depois do encontro mantido entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o Presidente do Conselho de Administração da petrolífera francesa TOTAL, Patrick Pouyanné. A reunião foi dominada pelo tema da segurança, segundo um comunicado do Gabinete da presidência.