O Presidente da República disse hoje, na abertura da reunião do Conselho da República, que vão ser criadas excepções para a entrada no País de expatriados que trabalham em alguns sectores considerados chave para a economia nacional.
João Lourenço sublinhou que estas excepções vão ser devidamente regulamentadas no quadro das medidas restritivas criadas para combater a pandemia da Covid-19, enunciando que essas excepções serão alargadas às empresas privadas e aos projectos públicos em infra-estruturas estratégicas, destacando que se trata de medidas já existentes para o sector dos petróleos.
“Para permitir que os expatriados que trabalhem em Angola, nos setores-chave da nossa economia, nas empresas privadas e nos projetos públicos de infraestruturas que importa concluir possam viajar, a exemplo do que já acontece no ramo dos petróleos onde as entradas e saídas dos expatriados nunca cessou”, justificou, citado pela Lusa.
Regresso às escolas
João Lourenço revelou ainda, na na abertura da reunião extraordinária do Conselho da República, que “após ouvir os sindicatos, representantes dos pais e encarregados de educação, o Executivo está em condições de anunciar, ainda hoje, as medidas consensuais a adoptar com vista a garantir o regresso paulatino às aulas”.
Ao avaliar o ano de 2020, afirmou, segundo a Angop, que tem sido bastante desafiante, pondo à prova as capacidades materiais e humanas existentes, em termos de saúde pública, e das economias continuarem a produzir os bens essenciais de consumo para as populações.
Salientou que Angola tem se esforçado bastante, no sentido de evitar que a situação epidemiológica atinja níveis incontroláveis e assustadores, bem como “não deixar morrer as coisas, empresas e a economia”.
Avançou que Angola tem os seus indicadores de produção abaixo do expectável e baixas de desemprego acima do previsto, para o ano em curso, consequência da crise económica, que afecta todo o mundo, sem excepção.
Entretanto, João Lourenço considera que o país está a apostar, cada vez mais, na produção interna de bens de consumo de primeira necessidade, com o sector agrícola a responder positivamente às necessidades do mercado, através do aumento diversificado de produtos por fazendeiros e camponeses.
Assegurou que o país pode produzir muito mais, caso os beneficiários dos 900 tractores e alfaias agrícolas, distribuídos às 18 províncias do país pelo Estado, tirem o melhor rendimento possível do referido equipamento.
Orientou ainda as autoridades locais a tirarem melhor rendimento das máquinas pesadas, postas ao serviço das províncias, na recuperação das vias secundárias, como forma de estimular a produção agrícola e contribuir para a redução da fome e da pobreza.
Sinais no sector da indústria
Relativamente à indústria, o Presidente da República destacou os sinais de alinhamento, que vem dando, por causa da produção interna de bens de consumo.
Reconheceu que a aposta no sector privado da economia é a mais acertada, pelo que o seu Executivo vai continuar a dialogar e a atender as expectativas, para que as empresas possam crescer, aumentar a produção e os postos de trabalho.