O ex-primeiro ministro australiano Tony Abbott sugeriu que certas medidas contra a covid-19 têm custos económicos excessivos, e que alguns cidadãos idosos deviam ser deixados morrer naturalmente. Segundo Abbott, cada ano de vida a mais para um idoso custa ao estado 200 mil dólares australianos (123.800 euros), o que ultrapassa o custo de certos medicamentos vitais.
Durante um discurso no Policy Exchange, um instituto em Londres, Abbott afirmou, de acordo com o jornal “Guardian”: “É uma altura má para quem tenha o vírus, mas também é uma má altura para quem não gosta de receber ordens de funcionários, por boas que sejam as intenções”.
Lamentou que poucos políticos se estejam a “comportar como economistas da saúde, treinados para fazer perguntas desconfortáveis sobre o nível de mortes com que teremos de viver”, e garantiu que as famílias sempre tomaram decisões em matérias como essa, preferindo “fazer os seus parentes tão confortáveis quanto possível enquanto a natureza segue o seu curso”.
Para Abbott, o que é insustentável é manter 40 por cento da força de trabalho a receber subsídios enquanto o estado “acumula défices não vistos desde a II Guerra Mundial”.
A resposta, adiantou o antigo líder do governo da Austrália, também passa por os jovens terem um sentido acrescido de responsabilidade pessoal, incluindo mais empenho em encontrarem empregos em vez de dependerem do Estado para os sustentar.