Um ligeiro tremor de terra foi sentido na manhã de hoje, segunda-feira, por volta das 9h43 e durante cerca de cinco segundos, na cidade da Ganda e arredores, província de Benguela, confirmou à Angop, a directora municipal do Ambiente, Filomena Miguel.
Segundo a responsável, a terra tremeu e instalou-se momentaneamente o pânico entre as pessoas, mas não existem até ao momento registos de danos materiais ou de vítimas.
“Eu estava na administração municipal e foi possível sentir o abalo”, disse.
Segundo Filomena Miguel, esta não é a primeira vez que a circunscrição regista fenómeno idêntico, sendo uma zona de fraca actividade sísmica.
Entretanto, a vida já voltou ao normal na sede municipal e arredores.
O município da Ganda não dispõe de uma estação sismográfica, que poderia fazer um estudo mais minucioso sobre a realidade geológica da região e determinar a magnitude de abalos do género, adiantou.
Com uma população estimada em 250 mil habitantes, a Ganda, situada numa superfície de 210 quilómetros a sudoeste da cidade de Benguela, possui quatro comunas: Babaera, Ebanga, Casseque e Chikuma.
A região é potencialmente rica na produção agro-pecuária, industrial e recursos naturais.
Segundo dados sobre a sismicidade em Angola, as principais formações geológicas podem basicamente ser distribuídas em duas zonas: Zona Litoral – onde predominam formações marinhas, litorais e lagunares, formada a partir do Nesozoico, e Zona interior – formada por terrenos antigos e apresenta grandes intrusões de rochas eruptivas. Esta zona está coberta na sua maior parte por depósitos continentais de origem recente.
As principais zonas sísmicas são: Cassongue (Cuanza Sul), Ganda (Benguela), Ussoque (Huambo), Lola e Iona (Namibe), Quilengues, Caluquembe, Lubango e Chibemba (Huíla), Oncócua (Cunene).
No período de 1943-1965 foram sentidos e registados 129 sismos em Angola, todos de intensidade fraca, sendo a intensidade máxima registada de VI-VII na zona do Iona (Namibe), segundo um estudo do Laboratório de Engenharia de Angola.