Cerca de 350 moçambicanos ainda estão retidos no estrangeiro devido às restrições impostas pela Covid-19, informou a ministra dos Negócios Estrangeiros. Saíram para visitar familiares ou para tratamento médico.
“Nós temos feito um grande esforço para trazer todos os nossos concidadãos a casa, [mas] com as fronteiras fechadas é um pouco complicado, porque não depende só de nós”, disse Verónica Macamo, citada hoje pelo jornal “O País”.
No grupo, que está em diversos países do mundo, incluindo Portugal, estão pessoas que saíram para visitar familiares ou para tratamento médico, bem como estudante com a formação concluída, acrescentou.
“Temos por exemplo algumas pessoas que estavam na Índia doentes, alguns perderam a vida ao longo deste período e para trazê-los [a Moçambique] foi uma ginástica muito grande”, referiu.
Moçambique, que viveu em estado de emergência durante os últimos quatro meses, regista um total de 1.973 casos positivos de Covid-19, 14 mortos e 676 pessoas dadas como recuperadas, segundo as últimas actualizações.
Numa comunicação à nação na passada na quarta-feira, último dia do estado de emergência, que foi por três vezes consecutivas prorrogado – o máximo previsto pela Constituição – o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, pediu que as restrições face à Covid-19 continuem a ser cumpridas, prometendo para breve o anúncio dos próximos passos.
África perto de um milhão de casos
África contabiliza até agora 20.612 mortos e está a 32 mil casos de chegar a um milhão de infectados, segundo os dados mais recentes da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o maior número de casos e de mortos de Covid-19 continua a registar-se na África Austral, com 541.809 infectados e 9.063 óbitos.
Nesta região, a África do Sul, o país mais afectado do continente, contabiliza 516.868 infectados e 8.539 óbitos. O Egipto é o segundo país com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, contabilizando 94.640 infectados e 4.888 óbitos, seguindo-se a Argélia, que conta com 31.416 casos e 1.226 vítimas mortais.
Em relação aos países africanos que têm o português como língua oficial, Cabo Verde lidera em número de casos (2.583 casos e 25 mortos), seguindo-se a Guiné-Bissau (2.032 casos e 27 mortos). Angola conta com 1.280 infectados e 58 mortos e São Tomé e Príncipe com 871 casos e 15 mortos.