Os parceiros internacionais da Guiné-Bissau condenaram nesta quarta-feira, 29, o ataque contra a Rádio Capital FM, realizado em Bissau, por um grupo de homens armados, salientando que “violam a liberdade de expressão e o direito à opinião”.
Em comunicado divulgado em Bissau, o Grupo P5, integrado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana (AU), a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Europeia (UE) e as Nações Unidas (ONU), disser ter sabido com espanto e muita preocupação que, no domingo dia 26 de Julho de 2020, “foram perpetrados actos de vandalismo nas instalações da Rádio Capital FM em Bissau, por homens armados fardados”.
Tais actos, que violam a liberdade de expressão e o direito à informação das pessoas, “são repreensíveis num Estado de direito e minam seriamente a liberdade de opinião, que é fundamental nos Estados democráticos”, lê-se no comunicado em que o Grupo P5 disse condenar “veementemente estes actos, os seus autores e a destruição das instalações da Radio Capital FM”.
Aqueles parceiros da Guiné-Bissau, convidam “as autoridades competentes a tomarem as medidas necessárias para identificar os perpetradores, para que possam ser responsabilizados perante a justiça” e “finalmente, solicita às autoridades competentes que criem e garantam condições de segurança para os meios de comunicação social, bem como a necessária protecção dos jornalistas, para que estes possam realizar o seu trabalho livremente”.
O Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social e a Ordem dos Jornalistas, vários sectores da sociedade civil e Governo condenaram o ataque à rádio Capital FM.
Os profissionais do sector ameaçam com paralisar a imprensa se a Polícia Judiciária não apresentar até segunda-feira os responsáveis do ataque.