Mandatária judicial, Ana Paula Godinho, contactada pelo Novo Jornal, promete fazer reclamações junto das instâncias judiciais competentes e apresentar mais detalhes, em circunstâncias próprias, para não violar os princípios legais que norteiam a actividade de advocacia.
O antigo ministro dos Transportes, Augusto Tomás, está a ser vítima de tortura psicológica por parte dos agentes prisionais do Hospital-Prisão de São Paulo, em Luanda, onde cumpre uma pena de 14 anos, em virtude da prática de crimes de peculato, branqueamento de capital, associação criminosa e artifícios fraudulentos, por desviar fundos do Estado, no âmbito do propalado caso “Conselho Nacional de Carregadores (CNC)”.
A fonte do NJ revelou que o antigo dirigente tem sido abordado várias vezes pelos agentes dos Serviços Prisionais na cela onde se encontra, a fim de ser revistado, até no período nocturno.
“Têm ocorrido muitas violações dos direitos humanos contra o ex-ministro, tais como acordá-lo à noite para ser revistado, como se fosse um criminoso”, precisou a fonte.
A mandatária judicial de Tomás, Ana Paula Godinho, contactada pelo Novo Jornal, não confirma a informação, recusando-se a entrar em detalhes, alegando ser em obediência aos princípios legais que norteiam o exercício da advocacia, uma vez o processo do seu cliente ainda estar em curso.
“Prefiro fazer reclamações às instâncias judiciais competentes”, concluiu a advogada.
Em contrapartida, o responsável dos Serviços Prisionais, Menezes Cassoma, descartou a possibilidade da existência de qualquer espécie de tortura psicológica contra Augusto Tomás e outros presos em todas as cadeias do País.