Dois dias de negociações e ainda não houve acordo no Conselho Europeu quanto ao Fundo de Recuperação na resposta à crise provocada pela Covid-19 e sobre o próximo quadro financeiro plurianual da União Europeia.
As reuniões continuam este domingo. O grupo dos frugais exige mais contrapartidas para haver um entendimento.
O Primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, diz que “quando falamos de empréstimos, também precisamos de reformas. Mas se é desejo da maioria dos países de transformar parte dos empréstimos em subsídios, então aí precisamos realmente de saber o que acontece ao dinheiro. Fizemos propostas nesse sentido”.
Propostas que estão a dificultar bastante um acordo final, como admite o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte.
“O confronto com Rutte é muito difícil. A sua posição é muito dura, muito fechada, porque ele quer o que quer. O seu pedido de poder vetar, de pedir unanimidade e de envolver o Conselho durante a fase operacional é, de um ponto de vista jurídico e político, não muito praticável”.
O grupo dos frugais já conseguiu que o pacote de ajudas a fundo perdido baixasse dos 500 para 450 mil milhões de euros. Deverá também haver o chamado “travão de emergência” que dá a qualquer estado-membro a possibilidade de opor-se ao desembolso de fundos se algum país não estiver a cumprir com os compromissos assumidos.