Fontes do Ministério da Educação (MED) dão como certa a anulação do concurso público no Bengo, após terem sido detectadas irregularidades, enquanto aguardam pela decisão final do Tribunal de Contas. E avançam que está a ser preparado um novo corpo de jurado mais “competente, sólido e experiente”, que vai assumir as rédeas do concurso. Em declarações ao Novo Jornal, a directora dos Recursos Humanos do MED afirma que as irregularidades obrigaram a que se remetesse o processo à PGR.
O Ministério da Educação (MED) está prestes a anunciar a anulação do concurso público de ingresso de novos professores no sector na província do Bengo – veredicto será feito pelo Tribunal de Contas -, devido a “profundas irregularidades” constatadas após a realização de dois inquéritos, apurou o Novo Jornal.
Fonte do MED faz saber que as informações prévias apuradas levaram a que a direcção da instituição que tutela o sector da Educação no país começasse já por desenhar as estratégias, com vista ao lançamento de novo concurso público para a província do ‘Jacaré Bangão’.
A fonte descreve a este jornal que o inquérito mandado instaurar permitiu apurar dados que comprometem a lisura do processo, que, de acordo ainda com o interlocutor, ficou “eivado de muitas e profundas irregularidades”, razão pela qual está já nos planos do MED a realização de um novo acto para o enquadramento de 489 professores daquela província.
“Este concurso esteve envolto em polémicas. Nos últimos meses, vários candidatos criticaram a forma pouco clara como foi promovido o acto, e os resultados preliminares do inquérito permitiram confirmar o que muitos candidatos denunciavam, daí que, a nível da direcção do Ministério, seja quase certo que o concurso será anulado”, revela a fonte.
Sem detalhar datas, explica que o Ministério da Educação está a preparar um novo corpo de jurado “mais competente, sólido e experiente”, que vai assumir as rédeas do concurso, que, ao contrário do anterior, não estará sob responsabilidade do Gabinete Provincial da Educação do Bengo, mas sob tutela do órgão central do MED.
“O Ministério [da Educação] está à espera que os seus parceiros concluam o programa para levar a cabo um novo concurso, com um corpo de jurado mais competente, sólido e mais experiente, para repor a verdade e manter sólida a imagem do organismo. O concurso já não vai ser organizado pelas estruturas municipais ou provinciais [do Bengo], mas pela equipa central. Serão tomadas medidas na perspectiva de se manter a sua credibilidade, como também aferir a capacidade dos concorrentes”, informa.