Com os 62 casos das últimas 24 horas, o País soma 458 casos, dos quais 23 óbitos, 117 recuperados e 319 activos.
Sobre a morte ocorrida nas últimas horas, a ministra explicou que se trata de uma paciente que se encontrava em estado crítico numa das unidades de tratamento da capital.
O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, esteve esta quinta-feira na conferência de imprensa da Comissão Multisectorial para a Prevenção e Combate ao Covid-19 para fazer a actualização dos casos de cidadãos repatriados para o País, que são já mais de 5.700, vindos de países tão distintos como Portugal (2.158), África do Sul (1.470), República Democrática do Congo, Brasil, Turquia, Rússia, China e Cuba cujos dados não soube precisar.
Nesta quinta mesmo chegaram mais de 400 cidadãos angolanos da África do Sul, a que se seguirá o repatriamento das pessoas que se encontram em Portugal e Brasil, informou o ministro.
“Sabemos das dificuldades grandes que estão a passar nesses países, não estamos alheios, os dinheiros que se acabaram, etc. Temos procurado acudir, aqui e acolá, a situações menos boas que podem criar dificuldades aos nossos cidadãos”, afirmou, acrescentando que a prioridade tem sido os países onde se encontram maiores comunidades de angolanos que não puderam ainda regressar ao seu país devido ao fecho de fronteiras, como “Portugal pelo número bastante grande” de angolanos que ali se encontra (cerca de 7.000 cidadãos), mas também o Brasil “que também tem um número considerável” e a África do Sul.
Pedro Sebastião relembrou que são gastos, diariamente, valores na ordem dos 50 milhões de kwanzas diários, que rondam, só na quarentena institucional, os três mil milhões kz.
O vírus, o que é e o que fazer, sintomas
Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.
Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.
Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.
O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.
A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.