O Sudão vai receber uma ajuda de 1,8 mil milhões de dólares no seguimento de uma videoconferência ontem dos países doadores através da ONU e da União europeia, nomeadamente, co-presidida pelo ministro alemão dos Negócios estrangeiros. É uma nova largada para a reintegração do país, saudou o primeiro ministro do Sudão.
A comunidade internacional prometeu ontem uma ajuda de 1 mil e 800 milhões de dólares ao Sudão, cuja transição democrática está ameaçada por uma grave crise económica acelerada pela pandemia do coronavírus.
Cerca de 40 países reunidos por videoconferência sob a égide da ONU e da União europeia chegaram a acordo sobre o montante do qual 500 milhões de dólares irão para um programa de ajuda às famílias sudanesas.
“Esta videoconferência abre um novo capítulo na cooperação entre o Sudão e a comunidade internacional para a reconstrução do país”, saudou o ministro alemão dos Negócios estrangeiros, Heiko Maas, co-presidente da reunião virtual.
A ajuda é destinada à luta contra a pandemia de Covid-19 e reconstrução do país
A ajuda será nomeadamente destinada ao combate contra a pandemia de Covid-19, tendo o país registado já mais de 8.900 casos de contaminados e mais de 550 mortos.
Paralelamente, os sudaneses estão a sofrer uma penúria de medicamentos provocada por uma queda das importações relacionada com a crise económica.
Para o primeiro ministro sudanês, Abdalla Hamdok, conseguiu-se um resultado sem precedentes que lança “bases sólidas para se continuar com entusiasmo”.
Resta porém a questão da dívida do Sudão calculada em cerca de 70 mil milhões de dólares.
A França, reiterou a disponibilidade para acolher uma conferência de alto nível sobre a redução da dívida sudanesa permitindo uma reintegração plena do Sudão na comunidade económica internacional.