A Mongólia é palco, esta quarta-feira, de eleições legislativas. Durante a campanha, apesar da proibição de ajuntamentos de mais de 30 pessoas devido à pandemia de covid-19, os dois principais partidos organizaram comícios e fizeram uma intensiva campanha de porta-a-porta.
Até agora, a Mongólia tem oficialmente pouco mais de 200 casos de covid-19 e nenhuma vítima mortal. O país, de três milhões de habitantes, tomou medidas drásticas contra o novo coronavírus e foi um dos primeiros a fechar as suas fronteiras após o surgimento da epidemia na China. As escolas e universidades vão manter-se fechadas até Setembro e qualquer cidadão que entre no país fica confinado cinco semanas em instalações governamentais.
Por isso, os comícios e a campanha porta-a-porta dos dois principais partidos suscitaram alguma incompreensão face à proibição teórica de ajuntamentos de mais de 30 pessoas devido à pandemia.
Outra polémica tem a ver com os cerca de 8.000 cidadãos que continuam retidos no estrangeiro e para os quais não foram criados dispositivos para poderem votar.
Por outro lado, muitos cidadãos não vão poder votar por não poderem deixar o seu cantão, devido às medidas contra a covid-19.
Cerca de 2.000 mesas de voto foram instaladas para o escrutínio. No total, de 600 candidatos, vão ser eleitos 76 deputados. Frente a frente, o Partido do Povo Mongol (PPM, de centro-esquerda, fundado por antigos comunistas e actualmente no poder) e o Partido Democrata (PD, liberal e conservador).
Em Fevereiro, o PPM perdoou as dívidas de 230.000 reformados e prometeu “vouchers” de cerca de 320 euros a 200.000 outros aposentados se ganhasse as eleições.
Desde 2017, o país é presidido por Khaltmaa Battulga, do Partido Democrata, mas a maioria do Parlamento cessante está nas mãos do Partido do Povo Mongol.