O número de pessoas mortas por malária, nos últimos cinco meses, na província do Huambo, aumentou cinco (05) por cento, em comparação ao idêntico período anterior, informou hoje, terça-feira, o director local do Gabinete da Saúde, Lucas António Nhamba.
Em declarações à imprensa, por ocasião do encontro provincial da Saúde, orientado pela governadora local, Lotti Nolika, disse que ao longo deste período foram registados de 242.959 casos desta doença, transmitida pela picada do mosquito, contra 222.085 do período anterior, equivalente a um acréscimo de 20 por cento.
Lucas António Nhamba informou que a taxa de letalidade da malária, nesta província, é de 0,2 por cento, quando, nos primeiros cinco meses de 2019, o gráfico apontava para uma percentagem de 0,9.
Referiu que ao longo deste período, no quadro dos indicadores operacionais para o controlo vectorial, foram protegidas, em média mensal, 958.269 pessoas, com a distribuição de 114 redes mosquiteiros impregnados com insecticida de longa duração.
O director do Gabinete da Saúde informou ainda que a média de cobertura mensal, com a fumigação, foi de oito milhões, 34 mil e 729 metros quadrados, com 82.870 casas abrangidas pela extra-domiciliar, 45.521 pulverizadas, 2.298 borrifadas, entre outras acções, cujas dificuldades consistiram, dentre várias, no pagamento dos brigadistas.
Ao discursar no encontro, a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, disse que o evento resultou da constatação da elevada taxa de mortalidade na população, de forma geral, essencialmente entre mulheres e crianças, não obstante aos esforços que têm vindo a empreender no actual contexto económico complexo, marcado com baixa do petróleo e o impacto da pandemia covid-19.
Referiu que o país encontra-se numa fase de transição, baseada na municipalização dos serviços de saúde, com objectivo de levar o poder de decisão mais próximo do cidadão, com a respectiva descentralização financeira, facto que exige, acima de tudo, a conjugação de sinergias para encontrar plataformas comuns para os problemas que assolam a população.
Por isso, a governadora solicitou o apoio de todos na reposta aos problemas comuns do sector da saúde, quer do ponto de vista material, como do ponto de vista metodológico, para o alcance de um alinhamento que permita primar pelas melhores soluções.
Estiveram no encontro, os administradores dos 11 municípios, acompanhados pelos directores locais da saúde, associações profissionais de defesa aos interesses dos técnicos de saúde: médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutico
Localizada no planalto central de Angola, com uma extensão territorial de 35.771 quilómetros quadros, a província do Huambo possui uma população estimada em dois milhões, 519 mil e 309 habitantes, distribuídos em 11 municípios.
O seu Sistema de Saúde conta com 249 unidades sanitárias, num universo de duas mil e 126 camas em diversas enfermarias e 14 na Unidade de Tratamentos Intensivos (UTI), onde trabalham 308 médicos, três mil e 639 enfermeiros, 467 técnicos de diagnósticos e terapeuta, assim como 825 administrativos, além de outros profissionais indispensáveis para o seu normal funcionamento.