As limitações financeiras do Governo angolano inviabilizam o processo de promoções e o ministro do Interior de Angola, Eugénio Laborinho, pediu “paciência” aos efectivos que exercem cargos de chefia e aos que estão há mais de 10 anos sem serem promovidos.
Eugénio Laborinho, que discursava, esta segunda-feira, na cerimónia de comemoração dos 41 anos do departamento ministerial, referiu que “não será possível promover todos de uma só vez, devido às limitações financeiras”, mas que o processo continua.
“Devemos ter paciência e saber aguardar a nossa vez, porquanto, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para o bem de todos os colaboradores”, frisou.
Segundo o ministro, a direcção dos recursos humanos está orientada para preparar estes actos “com critérios claros e bem definidos, sem prejudicar aqueles que devem merecer”.
“A diuturnidade no posto e o tempo de serviço são fundamentais”, acrescentou.
O governante angolano considerou que os problemas vão sempre existir, mas é preciso encontrar “as soluções mais acertadas” para o bem de todos e do país.
O ministro sublinhou que, apesar das dificuldades e falhas registadas na instituição, os efectivos são o seu melhor “para realizar um trabalho aceitável” com os meios à sua disposição, admitindo também que precisam “fazer melhor”.
“É com este espírito de querer melhorar que nós, Ministério do Interior, estamos a desenvolver um trabalho profundo em termos de reformas, recrutamento e formação do efectivo, no sentido de corrigir determinadas falhas no exercício da nossa função”, referiu.
O titular da pasta do Interior de Angola considerou que “já não é aceitável recrutar efectivos com nível de escolaridade muito abaixo, tão pouco aqueles que não reúnam os requisitos exigidos por lei, para fazer face às necessidades actuais”.
“O nível de escolaridade do nosso efectivo melhorou significativamente e, hoje, contamos com vários doutores, mestres, pós-graduados e licenciados, para além dos efectivos que frequentam o ensino superior”, destacou.
Além dos recursos humanos, o ministro realçou as dificuldades nas infraestruturas para a “acomodação do efectivo com dignidade”, situação que tem merecido atenção para a melhoria das condições de funcionamento.