O Estado encaixou 31 mil milhões de kwanzas com a privatização de 14 das 195 empresas e participações inscritas no PROPRIV, anunciou, ontem, o secretário de Estado das Finanças e Tesouro, acrescentando que 23 outras têm a alienação iminente.
Osvaldo João falava na qualidade de coordenador do Grupo Técnico Permanente do Programa de Privatizações (PROPRIV), durante uma deslocação a duas unidades industriais da Zona Económica Especial Luanda-Bengo, privatizadas no fim do ano passado. “Até ao final do ano, conseguiremos privatizar mais e arrecadar mais receitas para dinamizar a actividade económica”, declarou Osvaldo João durante a visita, realizada para constatar os níveis de sucesso obtidos pelas empresas privatizadas.
O secretário de Estado esteve na Plastcon, um produtor de artigos de plástico que, segundo o director Financeiro, Paulo da Costa, investiu 4,5 milhões de dólares e gerou emprego para 70 pessoas. A facturação da empresa ascende de 2,4 mil milhões de kwanzas, até Abril, para 4,3 mil milhões no fim do ano, de acordo com a director Financeiro da unidade que opera com três linhas de produção e tem uma capacidade instalada para processar 30 toneladas por dia.
A empresa debate-se com perdas geradas pelos custos elevados de importação de matéria-prima, ao que se associam dificuldades provocadas pela desvalorização do kwanza, sendo ela uma sociedade anónima com 60 por cento de acções em capital estrangeiro. Uma outra unidade visitada pelo coordenador do PROPRIV é a Ecoindustry Juntex, que produz cimento cola e argamassa.
O investimento para o arranque foi de 80 milhões de kwanzas. Segundo Paulo Santos, administrador da Juntex, a empresa opera a 25 por cento de uma capacidade instalada de 480 toneladas por dia. Com mais de 25 postos de trabalho, tem uma facturação de 40 milhões de kwanzas por mês.