Inicialmente programadas para 3 de maio e adiadas por causa do coronavírus, as eleições gerais na Bolívia serão em 6 de setembro – anunciou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Salvador Romero, nesta terça-feira (2), depois de um acordo entre os partidos.
O TSE enviará ao Parlamento um projeto de lei que “prevê a realização da eleição geral até 6 de setembro, domingo”, relatou Romero.
“Uma vez publicada a lei, o órgão eleitoral fixará esse dia como data da eleição geral 2020, por meio de uma resolução”, completou o presidente do TSE.
A Bolívia retornará às eleições após os comícios de 20 de outubro do ano passado, anulados após os violentos protestos da oposição, que denunciou uma fraude a favor do então presidente Evo Morales.
Morales renunciou em 10 de novembro depois de quase 14 anos no poder e partiu para o México, onde recebeu asilo político. Mas um mês depois, mudou-se para a Argentina como refugiado, de onde comanda seu partido, o Movimento para o Socialismo (MAS).
Depois de renunciar, a senadora de direita Jeanine Áñez assumiu a presidência da Bolívia provisoriamente, mas depois acabou decidindo que será candidata nas próximas eleições.
Romero disse que o TSE trabalhará para criar condições de biossegurança para as eleições. A pandemia já infectou mais de 10.500 pessoas na Bolívia e deixou 343 mortos.