O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira (27) um plano de reabertura econômica gradual do estado, epicentro da COVID-19 no país.
“Manteremos a quarentena até 15 de junho, mas com a retomada de algumas atividades econômicas”, declarou Doria.
O estado tem um total de 83.625 casos e 6.220 mortes por COVID-19, equivalentes a 22% dos diagnósticos (391.222) e 26% do total de óbitos do Brasil (24.512).
Em números relativos, fica em 8º lugar em número de mortos, com 140 por milhão de habitantes.
Em Brasília, os shopping centers começaram a funcionar nesta quarta-feira.
O Distrito Federal somava 124 mortos até a terça-feira, com uma incidência de 41 mortes por milhão de habitantes (12º lugar).
Para entrar nos estabelecimentos, os clientes devem usar máscaras e passar por verificação de temperatura.
As medidas de confinamento têm sido criticadas repetidamente desde o início da pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro, por causa do impacto econômico.
– “Plano São Paulo” –
São Paulo, o estado mais rico e populoso do país (45,69 milhões de habitantes) encontra-se desde 24 de março em quarentena parcial, que autoriza o funcionamento do comércio considerado essencial (supermercados, farmácias, etc.) e de algumas atividades industriais.
O “Plano São Paulo”, anunciado por Doria, divide o estado em 17 regiões e consiste em cinco fases, definidas de acordo com os critérios dos departamentos de saúde para conter a propagação do novo coronavírus.
Para passar de uma fase para outra, serão levados em consideração o número de casos e óbitos, a taxa de ocupação de leitos em unidades de terapia intensiva e o número de hospitalizações.
A operação das escolas e dos transportes foram excluídos do plano e ainda estão em discussão.
Somente as regiões do entorno da grande São Paulo estão na primeira fase, o que requer a manutenção das condições atuais.
A cidade de São Paulo (com 12,2 milhões de habitantes) e boa parte do estado estão na segunda fase, que permite a reabertura das atividades imobiliárias e shopping centers, sempre com restrições.
Outra parte menor do estado foi classificada na fase três, o que possibilita a operação, com restrições, de bares, restaurantes e salões de beleza.
“Se precisarmos dar um passo para trás, não hesitaremos”, esclareceu Doria, informando que as avaliações das condições para o funcionamento do comércio serão constantes.