O Brasil registrou nesta quarta-feira (27) 1.086 novas mortes e 20.599 casos de COVID-19 em 24 horas, superando a marca de 25.000 falecidos e 400.000 contágios na pandemia, cujo epicentro mundial agora é a América Latina.
Esta é a segunda vez que o país tem mais de 20.000 casos em um único dia, de acordo com os balanços publicados pelo Ministério da Saúde.
O Brasil totalizava até esta quarta-feira 411.821 casos e 25.598 mortes por COVID-19. No entanto, para especialistas o número de contagiados pode ser até 15 vezes maior, devido à subnotificação provocada pela falta de exames.
É o segundo país com mais diagnósticos no mundo e que registrou o maior número de mortes diárias nos últimos dias, chegando a superar os Estados Unidos.
Mas nas últimas 24 horas, a cifra de mortes voltou a aumentar nos Estados Unidos, com 1.401 óbitos adicionais, após três dias seguidos com registros abaixo dos 700. O total de falecimentos chegou, assim, a 100.396 naquele país, segundo a Universidade Johns Hopkins.
No Brasil, o estado de São Paulo se mantém como o epicentro da pandemia, com 89.483 casos e 6.712 falecidos. Apesar destes números, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta um plano de reabertura gradual da economia, que será aplicado a partir de 1º de junho por regiões e considerará critérios sanitários para permitir o funcionamento de comércios não essenciais.
O avanço da pandemia no país tem sido marcado pela falta de coordenação entre o presidente Jair Bolsonaro e governadores e prefeitos. As medidas de confinamento para conter a propagação do vírus, frequentemente criticadas por Bolsonaro, são a principal desavença.
A posição de Bolsonaro, que chegou a qualificar como “gripezinha” uma doença que já matou mais de 352.000 pessoas em todo o mundo, também levou à saída dos ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich em menos de um mês.
A pasta é administrada interinamente pelo general Eduardo Pazuello desde 15 de maio.