O escritor angolano Luís Kandjimbo, defendeu, esta quinta-feira, em Luanda a livre circulação das obras literárias a nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesas (CPLP), num esforço de se mitigar o fraco conhecimento sobre os trabalhos desenvolvidos pelos autores deste espaço.
De acordo com escritor, escreve Angop, deve haver dinamização para que não haja barreiras noutros espaços, sobretudo de língua oficial inglesa.
Luís Kandjimbo falava à imprensa no âmbito do projecto textualidades/ conversa com leitores, promovido pela direcção do Memorial António Agostinho Neto.
Referiu verificarem-se obstáculos a respeito do que se faz em cada país, o que revela não existir circulação da literatura, de outrem, nesses Estados.
Para o escritor, isso “implica” que os livros publicados em Angola, por exemplo, não são apresentados, ou seja, não chegam a feiras realizadas em Moçambique, no Brasil ou em Portugal.
No seu entender, a CPLP deve ser um instrumento ou palco em que o escritor realiza o sonho de ter outros públicos a sua disposição para interagir.
Os laços históricos que ligam os países, disse, deviam servir de instrumento para intensificação da expansão das obras, reunindo os escritores para que o diálogo cultural entre os países falante da mesma língua seja uma realidade.
Fez saber, por outro, que a União dos Escritores Angolanos está a reactivar a Federação de Associação dos Escritores dos Países de Língua Portuguesa em África, para que possam dinamizar o diálogo com outros membros desta comunidade.