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No último sábado (10), um asteroide maior que a Torre Eiffel se aproximou da Terra. Ele viajava a 16,7 mil quilómetros por hora e, se estivesse em rota de colisão, atingiria o planeta com uma força explosiva 500 vezes maior que a da bomba atómica de Hiroshima. Felizmente, o corpo conhecido como 2006 QQ23 passou a 7,4 milhões de quilómetros de distância da Terra. Não foi dessa vez que um gigantesco corpo celeste colidiu com o nosso planeta – mas, segundo a cientista Danica Remy, essa hora vai chegar.
“É 100% certo que seremos atingidos, mas não é 100% certo quando”, disse a presidente da organização B612 Foundation, em entrevista à NBC News. A fundação trabalha justamente para proteger a Terra de colisões com asteroides.
Ela afirma que, com a tecnologia de que hoje dispõem as agências espaciais, é possível detectar corpos rochosos que se aproximam do nosso planeta. Por isso, a especialista acredita que, mesmo em caso de choque, o planeta não será destruído.
Mas a cientista destaca o perigo de asteroides menores: “O tipo de destruição que veremos é em nível regional, não no mundo inteiro. Mas ainda teremos um impacto global sobre transportes, redes de comunicação e clima.”
Como proteger a Terra dos choques? Para Remy, a solução é catalogar todos os asteroides. A NASA concorda: pelo menos 95% dos asteroides com mais de um quilômetro de diâmetro já foram identificados pela instituição, e nenhum deles apresenta risco para a Terra. Também já foi desenvolvida uma tecnologia para desviar a trajetória dos corpos celestes, que deve usada em 2021 no asteroide Didymos.