A Empresa Nacional de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam) vendeu, no 2º trimestre deste ano, 1,5 milhões de quilates (ao preço médio de USD 155,3/quilate), resultando numa receita bruta de USD 232,8 milhões, uma redução de USD 135,8 milhões em relação ao primeiro trimestre de 2019.
De acordo com um relatório de realizações do 2º trimestre no sector dos diamantes e as perspectivas do mercado “Outlook” do 3º trimestre, a redução em relação ao 1º trimestre de 2019 é justificada pelo facto de Catoca, maior produtor com 80% da produção global, não ter comercializado o seu lote do mês de Abril, o que afectou as vendas neste período.
Entretanto, avança a Angop, o relatório aponta que um aumento das receitas em 3,9%, e uma redução da produção na ordem de 4,2% em relação ao período homólogo de 2018.
No primeiro trimestre de 2019, a Empresa Nacional de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam) arrecadou 368,66 milhões de dólares pela comercialização de 2.647.215,12 quilates de diamantes.
O volume total de vendas correspondia a um aumento de cerca de 31,5% em relação a igual período de 2018, tendo o preço médio do quilate situado em 139,26 dólares, representando um “incremento de 6,9%” face ao período homólogo de 2018.
Na sessão desta terça-feira, o secretário de Estado para as Minas, Jânio Correia Victor, explicou que não houve decréscimo na produção, mas o que aconteceu de facto é que a produção de Catoca, referente ao mês de Abril, não foi comercializada, por razões operacionais.
Referiu que o défice nas vendas deste segundo trimestre será colmatado no próximo trimestre.
No segundo trimestre de 2018, a Sodiam, empresa responsável pela comercialização de toda produção diamantífera do país, arrecadou receitas avaliadas em USD 316 milhões.
Do referido valor, 295 milhões e 39 mil dólares (93%) eram provenientes da actividade industrial, enquanto USD 21 milhões e 487 mil (6 porcento) tinham proveniência à exploração artesanal.
Os diamantes comercializados no segundo trimestre do ano transacto (2018) foram essencialmente provenientes das províncias da Lunda Sul (85 porcento) e Lunda Norte 15 porcento.
A referida comercialização foi resultado da produção de dois milhões, 315 mil e 719 quilates, dos quais mais de dois milhões e 146 mil quilates (92 porcento) são provenientes a produção industrial e 169 mil e 270 quilates (7 porcento) da produção artesanal.
Mais de um milhão e novecentos e oitenta e cinco mil, representando 85 por cento do volume eram de origem kimberlítica e 330 mil e 49 quilates (14,3%) de origem aluvionar.
Na altura, o preço médio total do período situou-se em 136,69, sendo que para produção industrial o preço fixou-se em 137,45 dólares e para produção artesanal 126,94.
No global, o sector diamantífero angolano produziu, em 2018, um total de 9,4 milhões de quilates de diamantes, o que permitiu facturar USD 1,2 mil milhões e o aumento da receita em relação a 2017.
Na mesma senda, o Ministério vai analisar, quarta-feira, o 2º trimestre do sector das Rochas Ornamentais e perspectivar o 3º trimestre, onde operam empresas como a Galiangol, HM-Granitos, Metarochas, LDA, DFG-África,LDA, Rupsil e Filhos, Angostone, Geovalor, Marlin e Genine Angola.
A 30 de Julho, o Ministério apresentou o desempenho do sector dos petróleos, relativamente ao primeiro trimestre de 2019, registou-se um aumento nas quantidades exportadas em cerca de 65, 4 mil de barris e comparativamente ao segundo trimestre de 2018 observou-se uma redução nas quantidades de aproximadamente 7,2 milhões de barris.