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Sábado, Novembro 23, 2024

Governo convida empresários chineses para diversificação económica

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O ministro angolano do Comércio, Joffre Van-Dúnem Júnior, convidou hoje, em Changsha, os investidores chineses do sector privado para participarem no processo de desenvolvimento, diversificação e inclusão económica de Angola.

O governante angolano, que discursava na Conferência de Promoção de Investimentos em Países Africanos, no âmbito da primeira Feira Económica e Comercial China-África, explica Angop, enumerou as múltiplas vantagens e garantias que Angola oferece aos investidores privados.

O ministro, que chefia a delegação do país ao evento, assegurou que Angola dispõe, actualmente, de novos instrumentos de incentivo, como a nova Lei de Investimento Privado, a nova Lei de Concorrência, a rectificação do Acordo de Comércio e a simplificação e desburocratização das importações e exportações.

Ao falar da diversificação da economia, Joffre Van-Dúnem Júnior referiu-se também da criação de condições para o relançamento da produção interna da banana, café, cereais, têxteis, madeira, rochas ornamentais, cimento e pescado para exportação.

O ministro disse também que Angola quer contar com o apoio dos investidores privados da China para a industrialização do país e fortalecimento das suas infra-estruturas logísticas.

O governante lembrou que Angola é actualmente um país de grandes oportunidades, porque além do novo quadro legal de suporte à economia, o país dispõe de inúmeros recursos naturais e a sua localização geoestratégica em África permite aos investidores expandir os seus negócios facilmente para outros mercados da região austral do continente.

No mesmo evento, o administrador da Agência de Investimento Privado e Promoção de Exportações, José Chinjamba, explicou aos participantes sobre a simplificação do processo de investimento e criação de empresas e a facilitação e aceleração dos trâmites para obtenção de vistos de entrada em Angola.

Segundo ele, Angola é um mercado com grandes potencialidades ainda por explorar e pretende obter “investimentos de qualidade” do sector privado da China para robustecer a sua economia.

Ainda no âmbito da Expo China-África, o embaixador João Salvador dos Santos Neto, discursou no Fórum empresarial organizado pelo governo da província de Hubei, tendo informado que “Angola tem em abundância diversos recursos naturais e uma população jovem, dinâmica e apostada em contribuir para o desenvolvimento sustentável de país.

O embaixador de Angola na China acrescentou que o país possui zonas paradisíacas com enormes potencialidades para o turismo, recursos hídricos imensos, uma costa marítima extensa e rica em espécies marinhas.

“Em termos de agricultura, dos cerca de 35 milhões de hectares de terras aráveis disponíveis, apenas 5 milhões estão a ser explorados”, afirmou o diplomata que convidou os investidores da referida província.

João Salvador dos Santos Neto informou também que a localização geográfica de Angola abre a possibilidade dos investidores atingirem um mercado mais amplo.

Nesse contexto, explicou, que Angola está a melhorar as suas infra-estruturas no domínio dos transportes, nomeadamente caminhos-de-ferro, portos e aeroportos para facilitar a sua interligação com os mercados dos países vizinhos na África Austral, uma região que conta com cerca de 300 milhões de consumidores.

No decurso da sua intervenção, o embaixador informou que os governos de Angola e da China assinaram um acordo para evitar a dupla tributação e, está em fase de conclusão, o Acordo de protecção recíproca de investimentos entre os dois países.

Por outro lado, o secretário de Estado das Relações Exteriores, Domingos Viera Lopes, discursou hoje no fórum sobre “Produção e Construção” tendo afirmado que o evento constitui uma ocasião oportuna para em conjunto, Angola e China encontrarem soluções pragmáticas e conferir uma nova dinâmica à cooperação económica e empresarial entre os dois países.

O secretário de Estado considerou o fórum como um palco interessante, para que as empresas angolanas possam buscar parcerias tecnológicas e financeiras, com empresários desta “destacada potência” económica mundial, assim como para as empresas chinesas que pretendem aumentar o seu volume de negócios no mercado nacional.

Afirmou que mais de duas centenas de empresas chinesas já operam em diversos segmentos da economia em Angola, mas isto ainda não reflecte o potencial das relações económicas e comerciais entre os dois países.

Nesse contexto, Vieira Lopes disse que Angola deseja que outras empresas se juntem as que já operam no mercado, para tornar as relações bilaterais mais coesas em todos os domínios.

O governante angolano lembrou aos participantes que Angola e China formalizaram as suas relações de cooperação com as assinaturas em Outubro de 1988, em Beijing, do acordo sobre a criação da comissão mista para a cooperação económica, técnica e comercial, entre os dois governos.

Segundo ele, as relações de cooperação económica entre os dois países conheceram um significativo incremento, a partir de Novembro de 2003, resultante da concessão de uma linha de crédito pela República Popular da China consubstanciada no financiamento e execução por empresas chinesas de um volume considerável de projectos de desenvolvimento económico e social em vários domínios.

A primeira Feira Económica e Comercial China-Africa foi aberta Quinta-feira em Changsha, na província chinesa de Hunam (região central do país) e encerra domingo, 29 de Junho de 2019.

Cerca de 40 delegações de países africanos e mil empresas chinesas participam desta primeira Expo China África, sendo Angola, Egipto, Cote d’Ivoire, Senegal, Tanzânia e Uganda convidados de honra, com direito a discursos em quase todos as conferências enquadradas no evento.

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