A agência de aviação norte-americana (FAA) indicou esta quarta-feira ter detectado uma nova falha no software do Boeing 737 Max, o modelo que teve dois acidentes que fizeram 346 mortos.
O defeito, escreve a Sic Notícias, foi descoberto na semana passada por pilotos da FAA num simulador que reproduz as condições reais de voo. O regulador exige a reparação desta falha para poder avançar com o processo de nova certificação para que este modelo possa voltar a voar.
Em resposta, o construtor aeronáutico norte-americano confirma que a FAA “identificou um requisito adicional e que solicitou que a empresa resolvesse através de mudanças no software que a empresa tem vindo a desenvolver nos últimos oito meses”.
FALHA EMPURRA “NARIZ” DO AVIÃO PARA BAIXO
Segundo avançam as agências de notícias Associated Press,e France-Presse, que citam fontes ligadas à Boeing, os pilotos que testaram a última atualização do software na semana passada “tiveram dificuldade em retomar o controlo do avião após ativarem o sistema MCAS” – que estará na origem dos desastres da Lion Air e da Ethiopian Airlines que mataram 346 passageiros.
A Boeing está a “reduzir o poder do software de controlo de voo MCAS que empurra o nariz para baixo”, segundo a AP.
O MCAS é um sistema automatizado que serve para evitar que o nariz do avião suba. As mudanças incluem contar com leituras de mais de um sensor antes que o sistema seja ativado e empurre o nariz para baixo, tornando as ações do sistema mais fáceis de gerir pelos pilotos.
BOEING DETETA DEFEITO NAS ASAS DOS 737, INCLUINDO O MAX
No início de junho, a Boeing anunciou que encontrou uma peça defeituosa nas asas dos 737, incluindo na versão MAX. O regulador da aviação norte-americano avançou que são mais de 300 os aviões afetados e exigiu a rápida substituição da peça.
O fabricante norte-americano explicou que foi informada por um de seus subcontratados de um lote defeituoso do mecanismo “slat tracks”. Este mecanismo nas asas do avião é muito importante para a descolagem e aterragem porque permite o deslizamento de ar na asa.