Em comunicado enviado às redações, a Procuradoria-Geral da República e a Policia Judiciária informaram que foi detido um “indivíduo suspeito de ter prestado apoio a combatentes” do autoproclamado estado islâmico.
Segundo avança a RTP, diz o comunicado que “em sede de investigação criminal que versa sobre crimes de terrorismo, nomeadamente no que concerne à participação de cidadãos nacionais nas fileiras do estado islâmico, foi desenvolvida uma ação policial para efetuar a detenção de individuo suspeito de ter prestado apoio a combatentes daquela organização terrorista (estado islâmico)”.
A ação policial aconteceu durante a “madrugada de 16 de junho, efetuando-se em conformidade uma busca domiciliária à residência onde o mesmo se encontrava”. Não foi, no entanto, revelado nem o local nem a identidade do individuo detido. A RTP apurou entretanto que o mesmo terá sido detido em Londres.
Ainda de acordo com o comunicado, “o cidadão ora arguido está radicado no Reino Unido há vários anos”. Foi a partir do Reino Unido, lê-se, que “desenvolveu diversas atividades em prol do estado islâmico, nomeadamente como apoio e facilitador ao movimento de outros nacionais para os territórios do Iraque e do norte da Síria”.
A investigação continua em curso e “circunscreve-se essencialmente aos residentes em território nacional dada a relevância processual penal em termos de competências, sendo os casos dos outros nacionais da diáspora tratados diferentemente e em sede própria”.
O arguido foi presente para interrogatório judicial nesta segunda-feira. Foi decretada a medida de coação de prisão preventiva.
A RTP apurou que o cidadão português dava apoio à chamada célula de Leyton, bairro de Londres onde viviam os seis portugueses que se radicalizaram e se juntaram ao Estado Islâmico, entre eles os irmãos Costa e Fábio Poças.
Quando estes portugueses, originários de Massamá, começaram a planear as suas viagens de Londres para a Síria, entre os anos de 2014 e 2015, para combaterem pelo autoproclamado Estado Islâmico, enfrentaram dificuldades por parte das autoridades britânicas que tentavam controlar o movimento dos radicalizados.
Foi então que passaram a vir para Portugal e daqui seguiam por outras rotas como, por exemplo, via Bulgária, Grécia, Marrocos ou Turquia para se juntarem depois no Iraque e daí seguirem para a Síria.
Era neste movimento que recebiam o apoio logístico deste português agora detido. Há algum tempo que estava a ser seguido entre Lisboa e Londres.