O comandante-geral da Polícia Nacional disse, ontem em Luanda, que os efectivos da corporação que cometem “acções reprováveis socialmente”, manchando a imagem da Polícia vão ser expulsos e encaminhados para os órgãos de Justiça, para serem responsabilizados criminalmente.
Segundo o JA, o comissário-geral Paulo de Almeida fez estas considerações durante o acto que marcou o 23º Aniversário da Polícia Fiscal, que decorreu na Unidade Fiscal Marítima, na Ilha de Luanda.
Paulo de Almeida fez menção aos dois últimos casos que chocaram a sociedade, concretamente o da criança de nove anos, que foi brutalmente agredida por uma inspectora-chefe da corporação, e o do agente que disparou contra à esposa, por recusar engomar uma camisa.
Afirmou que, embora os casos tenham ocorrido fora do âmbito profissional, constitui uma atitude reprovável, uma vez que “nós juramos ser o exemplo da ordem, do respeito à Lei, e dos direitos humanos, pelo que não pode um agente da autoridade ser autor de acções bárbaras contra o próximo”.
Paulo de Almeida recordou que a disciplina e a ética profissional, o brio, a firmeza na actuação e o respeito ao cidadão, devem constituir atitudes de postura do agente da Polícia Nacional.
O comandante-geral da Polícia Nacional mostrou-se preocupado com algumas anormalidades verificadas nas fronteiras do país, “do ponto de vista funcional, organizativo e de segurança”.
A este respeito, acrescentou que a Polícia, em colaboração com a Administração Geral Tributária, e o Serviço de Migração e Estrangeiros, e demais serviços, estão a trabalhar para reverter a situação.