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Sábado, Novembro 23, 2024

Presidência da República vai vender aviões utilizados pelo ex-presidente

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Os serviços da Presidência da República vão colocar à venda em hasta pública três aviões que já não se encontram operacionais mas que, apesar de terem deixado de sair das fábricas em 1979, ainda são operados pelas Forças Aéreas de alguns países, sendo consideradas relíquias, muito procuradas pelos observadores de aviões em todo o mundo.

De acordo com o Novo Jornal Online, as aeronaves Boeing, modelos 707 com variações da classe 300, com a matrículas D2-TPR, D2-MAN e D2-MAY, respectivamente localizadas no Terminal Aéreo Militar (TAM), em Luanda, propriedade do Estado angolano, serão abatidas à carga no âmbito do decreto presidencial nº177/10, de 13 de Agosto do ano passado.

A comissão técnica criada pelo Ministério das Finanças solicita a todas as entidades públicas e privadas, nacionais ou estrangeiras, que tenham qualquer relação jurídica sobre as referidas aeronaves, nomeadamente, a titularidade sobre a propriedade, direitos relativos a seguros, hipotecas, penhoras, garantias, taxas e alguma acção judicial ou outras obrigações que onerem o Estado angolano, no sentido de apresentarem as suas reclamações no prazo de 10 dias.

Findo este prazo, o Estado angolano considerará a inexistência de quaisquer ónus ou encargos pendentes sobre os aparelhos, passando à fase de venda em hasta pública.

Os modelos 707 da Boeing entraram ao serviço na década de 1950, produzido para utilização comercial entre 1958 e 1979, com capacidade, nas suas diversas classes, entre 140 e 219 passageiros, tendo o último em serviço regular de transporte de passageiros numa companhia aérea comercial, a Saha Airlines, do Irão, sido abatido em 2015.

Este modelo resistiu durante tantos anos porque o Irão, ao enfrentar pesadas sanções norte-americanas, esteve durante décadas impedido de importar aviões ou mesmo peças de substituição, tendo operado alguns “milagres” para manter antiguidades a voar, como foi o caso, até 2015.

No entanto, estes aparelhos ainda estão ao serviço da Força Aérea de cinco países, sendo considerados relíquias muito procuradas pelos observadores de aviões – plane spotting – em todo o mundo e, sempre que é conhecida a aterragem de um, isso gera uma forte emoção entre estes aficionados da aeronáutica.

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