UEFA apresentou proposta revolucionária para a Liga dos Campeões em reunião com as ligas europeias, que não gostaram da ideia. Alargar o número de equipas na Liga dos Campeões é também uma possibilidade.
Segundo explica O Jogo, a UEFA apresentou esta quarta-feira uma proposta à European Leagues que prevê um sistema de subidas e descidas de divisão nas competições europeias, confirmou o presidente da associação das ligas europeias, Lars-Christer Olsson, após reunião entre os dois organismos em Nyon, na Suíça.
A proposta, disse Olsson, é semelhante à previamente apresentada pela ECA (Associação Europeia de Clubes), a qual o seu organismo vem publicamente rejeitando.
“No sistema apresentado, há ideias sobre promoções e despromoções. É um sistema diferente do que temos hoje, mas não vou entrar em mais detalhes”, afirmou o presidente das Ligas europeias após a reunião com a UEFA, revelando ainda que a proposta da UEFA prevê a possibilidade de alargamento do número de clubes na Liga dos Campeões.
A UEFA não terá dado quaisquer detalhes sobre os seus planos, dizendo que as ideias actuais são apenas “brainstorming” [discussão de ideias] e estando a decisão final prevista apenas para o próximo ano.
Lars-Christer Olsson reafirmou que um sistema de subidas e descidas implicaria que determinados clubes pudessem permanecer na competição europeia independentemente do seu desempenho no seu campeonato (mesmo que ficasse, por exemplo, num décimo lugar no seu campeonato). E que esta era a única “proposta de facto até ao momento”. Mas “é a que é apoiada por um número limitado de clubes”, ou seja, em tudo parecida com a da ECA, apresentada por Andre Agnelli, também presidente da Juventus.
Já Javier Tebas, presidente de Liga espanhola, disse que os planos apresentados esta quarta-feira são “bastante parecidos aos que criticamos anteriormente”. E revelou ter a esperança de “alterar tudo o que foi apresentado”, argumentando que os apoiantes desta proposta “são os mesmos 20 clubes de sempre, que querem todo o poder”, afirmou em declarações à agência Reuters.