Os serviços mínimos dos Caminhos-de-Ferro de Luanda (CFL), que até ontem estiveram em funcionamento, deixam de operar na totalidade a partir de hoje, sem data prevista para o seu retorno. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração da empresa, alegando razões de segurança.
O Conselho de Administração do CFL alega que um dos comboios circulou sem a devida autorização do Posto de Comando, situação que colocou em risco a segurança pública durante as passagens de nível.
Uma nota de imprensa daquela instituição a que o Jornal de Angola teve acesso, refere que a greve, levantada desde segunda-feira da semana passada, 18, tem sido marcada com actos de desobediência das normas de segurança que colocam em perigo a vida dos passageiros e dos trabalhadores.
A nota lamenta os actos de desobediência que têm levado os grevistas a interditarem ilegalmente a entrada nas Oficinas Gerais aos demais colegas que não aderiram à causa, o que tem originado a não realização da manutenção preventiva e correctiva necessária à segurança durante a circulação dos comboios.
Os serviços mínimos, explica a nota, têm sido realizados à revelia, sem qualquer concertação com a administração da empresa.
Os grevistas não cumprem com o que está estabelecido na lei, muito menos obedecem aos horários em que se verifica maior afluência de passageiros nas estações.
Em função disso, sublinha o documento, a suspensão dos serviços vai permanecer até que haja uma concertação entre as partes.
O Conselho de Administração do CFL reitera, mais uma vez, a disposição de manter o diálogo, que até agora tem sido rejeitado, de forma unilateral, pelos grevistas, refere a nota.