O vice-líder do grupo Estado Islâmico na Somália foi morto, neste domingo, 14, num ataque aéreo, disse, à VOA, um ministro regional daquele país.
Abdisamad Mohamed Gallan, ministro da Segurança da região de Puntland, disse ao serviço somali da VOA que o ataque aéreo que matou Abdihakim Mohamed Ibrahim, conhecido como Dhoqob, aconteceu entre as aldeias de Hol Anod e Hiriro.
Gallan disse que o ataque atingiu o veículo que transportava Dhoqob e outra pessoa, que também morreu. A identidade da segunda pessoa não foi revelada.
“O veículo foi queimado”, disse uma testemunha que não quis ser identificada.
O Estado Islâmico na Somália é liderado pelo religioso Abdulkadir Mumin, ex-estudioso do al-Shabab.
Mumin abandonou o al Shabab, em Outubro de 2015, e prometeu a sua lealdade ao líder do Estado Islâmico, Abu Bakr Al-Baghdadi.
Dhoqob era o braço direito de Mumin e apareceu em vídeos produzidos pelo grupo. Mumin sobreviveu a outro ataque aéreo no seu esconderijo montanhoso na região de Bari em Novembro de 2017.
“A morte de um dos seus principais líderes acelerará a sua erradicação”, disse o ministro Gallan.
As autoridades de Puntland não comentaram quem levou a cabo o ataque, mas os militares norte-americanos em África têm sido implacáveis contra militantes na Somália.
Apenas neste ano, os Estados Unidos realizaram mais de 30 ataques aéreos, todos eles contra a al-Shabab.
Especialistas dizem que o Estado Islâmico tem entre 200-300 homens na Somália.
Al-Shabab e IS confrontam-se nas áreas montanhosas do leste desde dezembro do ano passado. O Al-Shabab prometeu eliminar o seu rival Estado Islâmico, acusando-o de “dividir os jihadistas”.
As autoridades de segurança disseram à VOA Somali que o Estado Islâmico perdeu parte de seu território para o Al-Shabab.