O Cônsul-geral do Burkina Faso em Angola, Issah Tago, iniciou, nesta quarta-feira, o levantamento real de cidadãos da sua república que residem ilegalmente na região leste, a fim de legalizá-los, em cooperação com os Serviços de Migração e Estrangeiros (SME) e outros órgãos afins. A notícia está a ser avançada pela Angop.
De acordo com esta agência de informação, em declarações à imprensa, o cônsul honorário do Burkina Faso em Angola disse que o processo será feito nas 18 províncias de Angola, para permitir que os cidadãos do seu país desenvolvam as suas actividades de forma legal e sem constrangimentos.
Informou que o processo visa igualmente saber o número real de cidadãos Burkinabes a residir em Angola e que tipos de actividade desenvolvem.
Disse que durante 72 horas, a delegação composta por técnicos de migração e da justiça do seu país, realizaram 64 registos para emissão de passaportes a igual número de cidadãos que residiam nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico de forma ilegal.
Na região leste, os cidadãos Burkinabes são maioritariamente detentores de estabelecimentos comerciais, que se dedicam a comercialização de produtos alimentares a retalho.
A região sul de Angola será a próxima.
Por seu turno, o delegado provincial do Interior na Lunda Sul, Aristófanes Dos Santos, enalteceu a iniciativa do Cônsul do Burkina Faso, facto que vai contribuir para o combate cerrado à emigração ilegal e encorajar outras nações a procederem de igual modo.
Considerou positivo o processo, por ter permitido aos cidadãos que residiam de forma ilegal legalizassem-se, reafirmando o compromisso dos órgãos do interior em continuarem a dinamizar as suas acções com vista ao combate da emigração ilegal, por representar uma ameaça para a estabilidade socioeconómica e política.
Apelou à população, sobretudo as autoridades tradicionais, no sentido de continuarem a colaborar com a Polícia Nacional na denúncia de auxílio à emigração.