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Quinta-feira, Novembro 14, 2024

Uma data carregada de simbolismo

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Plena de simbolismo e reclamada por várias culturas e religiões, incluindo a Igreja Católica, que hoje assinala o Dia dos Fiéis Defuntos, a data é transversal a todo o Mundo e toma, na verdade, tão elevada dimensão que ultrapassa qualquer sentimento materialista, por mais que ele seja.

Reza a História que a data, também chamada de Dia dos Finados ou Dia dos Mortos, advém do século II, quando alguns cristãos oravam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que já haviam morrido. Nesta mesma ocasião, no século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, por quem ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava.

Dedicar um dia do ano para rezar pelos mortos ganhou importância desde o século XI, altura em que os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) passaram a obrigar a comunidade a dedicar um dia aos falecidos, e, no século XIII, esse dia anual passou a ser comemorado em 2 de Novembro, já que ontem,1 de Novembro, foi o da Festa de Todos os Santos.

Em Angola
O Dia dos Finados em Angola é, há muitos anos , uma data assinalada com reverência pela população, cuja maioria é cristã – católica, protestante ou evangélica.

Hoje, são feitas verdadeiras romarias aos diversos campos-santo, onde, cada um à sua maneira, todos procuram render homenagem aos parentes e amigos já falecidos.

Para muitos, sobretudo vendedores de flores, mas também outros que se dedicam à comercialização de água, sumos, refrigerante e até de cerveja, é um dia propício para facturar.

Há também aqueles que, sem visitar as campas dos parentes durante os restantes dias do ano, aproveitam o feriado para fazê-lo, proceder à limpeza e embelezamento dos locais.

Infelizmente para muitos angolanos, o Dia dos Finados acaba por se tornar um momento de reclamação diante de actos de vandalismo e depredação das campas e sarcófagos, embora estes eventos tenham reduzidos.

Nos tempos regista-se também o encerramento dos cemitérios clandestinos, com o do bairro Santa Esperança, no Zango, em Viana. A partir do próximo ano, dois cemitérios, nos municípios de Viana e Cacuaco serão construídos. (Jornal de Angola)

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