Duzentos e 60 mil alunos das escolas do ensino primário da Igreja Católica, ao nível do país, terão acesso à aulas digitais até 2020, no âmbito do projecto de inclusão digital denominado “Profuturo”, de iniciativa do Papa Francisco.
A informação foi prestada na terça-feira, à Angop, pela coordenadora internacional do referido projecto, Valéria Cruz Gumera, à margem da abertura da segunda fase de capacitação dos executores do “Profuturo”, do qual participam directores e professores das escolas católicas das províncias de Malanje, Uíge, Lunda Norte e Lunda Sul.
A responsável recordou que em Angola, o projecto foi implementado em 2016 e, até ao momento, já beneficiou 32 mil e 120 alunos e mil e 323 professores das províncias de Malanje, Uíge, Moxico, Lunda Norte e Lunda Sul, Luanda, Benguela, Huambo e Bengo, permitindo a inclusão digital dos mesmos e a dinamização do processo de ensino e aprendizagem.
Por sua vez, a directora-adjunta das escolas católicas em Malanje, Cândida Simão, realçou os benefícios que o projecto tem gerado ao nível das 10 escolas contempladas na primeira fase, com a inclusão de 5 mil estudantes, prevendo-se para a segunda fase a inserção de mais 16 escolas e um total de 9 mil alunos.
De acordo com a fonte, os tempos actuais impõem enormes desafios aos estudantes e não só, sendo um deles o domínio das ferramentas digitais, enquanto importante instrumento de afirmação profissional.
Durante cinco dias, os participantes vão abordar matérias relacionadas com a implementação do projecto nas escolas, plataforma de gestão do aplicativo, funcionalidades, entre outras.
Com objectivo de garantir melhor qualidade de ensino e promover a inclusão digital nos países em vias de desenvolvimento, o projecto “Profuturo” foi criado em 2016 e está já implementado em 21 países, beneficiando um milhão e 839 mil alunos do ensino primário.
O “Profuturo” funciona com recurso a tabletes, onde são instalados diversos aplicativos com conteúdos académicos. (Angop)