O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe é tão impopular junto dos sul-coreanos como o norte-coreano Kim Jong-Un, revela hoje uma sondagem quando as relações entre Seul e Tóquio estão em ‘baixa’.
Depois da controversa visita de Shinzo Abe ao santuário de Yasukini, a sua já baixa taxa de popularidade na Coreia do Sul caiu para 1.0 numa escala de dez pontos, de acordo com uma sondagem realizada pelo Asan Institute em Seul.
“Esta é a mesma taxa de popularidade para Kim Jong-Un (líder da Coreia do Norte)”, afirmou o instituto.
No entanto, metade dos sul-coreanos disseram que apoiam a ideia de uma cimeira Coreia do Sul-Japão e cerca de 60% disse querer que a Presidente Park Geun-Hye tome um papel proativo para melhorar as relações entre os dois países.
Park Geun-Hye descartou a possibilidade de uma cimeira com Abe até que Tóquio demonstre arrependimento sincerro pelos erros do passado”.
Mas a líder sul-coreana mantém em perspetiva uma eventual cimeira com Kim Jong-Un, apesar de a Coreia do Norte e Coreia do Sul continuarem tecnicamente em guerra.
O domínio colonial do Japão (1910-45) sobre a península coreana continua a ser um assunto sensível na Coreia do Sul, que sente que os sucessivos governos japoneses falharam em pedir desculpas por abusos cometidos durante aquele período.
A visita de Shinzo Abe ao santuário de Yasukuni, que homenageia cerca de 2,5 milhões de mortos japoneses, incluindo vários criminosos de guerra de alto nível, foi condenada pela Coreia do Sul e China.
A sondagem mostrou que metade dos sul-coreanos identificam a disputa territorial em curso com Tóquio sobre um pequeno conjunto de ilhas como o principal obstáculo para as relações melhoradas.
As ilhas Dokdo – conhecidos como Takeshima no Japão – são controladas pela Coreia do Sul, que vê a reivindicação do Japão como um exemplo da sua recusa em rever o seu passado imperialista. (dn.pt)