O primeiro-ministro português anunciou, na quinta-feira, que o Orçamento de Estado para 2012 prevê a eliminação dos subsídios de férias e de Natal dos trabalhadores da Administração Pública e das empresas públicas que ganhem mensalmente mais de mil euros.
Além disso, prevê também aumento do trabalho diário em meia hora sem compensação salarial.
Passos Coelho afirmou que nunca pensou ter de anunciar aos portugueses “medidas tão severas”, como a eliminação dos subsídios de férias e de Natal, justificando-as com uma “derrapagem orçamental” da responsabilidade do Governo anterior.
“Quando fui eleito primeiro-ministro nunca pensei que tivesse de anunciar ao país medidas tão severas e tão difíceis de aceitar”, afirmou, numa declaração ao país, na residência oficial de São Bento.
O primeiro-ministro português referiu que “os desvios na execução orçamental de 2011 relativamente ao que estava previsto no programa de assistência [económica e financeira] são superiores a três mil milhões de euros” e obrigaram o Governo a reforçar as medidas previstas.
Passos Coelho garantiu que enquanto presidente do PSD viabilizou o Orçamento de Estado para 2011, com base no compromisso com o então Governo do PS que incluía “reduções significativas da despesa pública”.
“Quando tomei posse, sensivelmente a meio do ano, esperava que metade desse orçamento tivesse sido devidamente executado”, referiu, acrescentando que, nos meses que antecederam a posse do seu Governo, “70 por cento do défice permitido para a totalidade do ano fora já esgotado”.
As medidas, disse, destinam-se a manter os empregos e aumentar a produtividade.
O Governo preternde também uma diminuição do número de feriados, ideia que vai ser negociada com a Igreja Católica.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: AFP