Uma rede de tráfico de seres humanos para a Ucrânia foi desmantelada esta semana em Cuba, com a organização a ser operada a partir da Rússia e os homens enviados para a Ucrânia a servirem para engrossar as fileiras de soldados russos na guerra.
Pelo menos 17 pessoas foram detidas em Cuba por estarem implicadas numa rede de tráfico de pessoas que levava homens deste país da América Central para a Ucrânia de forma a combaterem nas fileiras russas. Esta informação foi divulgada pelo Ministério do Interior cubano, que crê que esta rede era operada a partir da Rússia e visava integrar cidadãos cubanos nos combates na Ucrânia.
Por enquanto, ainda não se conhece a nacionalidade dos detidos, mas estes serão acusados não só de tráfico de seres humanos, mas também actos hostis a partir de um país estrangeiro, o que pode levar a pnas de prisão que vão de 30 anos à morte.
Um pai de dois jovens recrutados por esta célula ligada a Mascovo apareceu na televisão cubana e descreveu que um dos seus filhos conseguiu sair da ilha em Julho e o outro está detido pelas autoridades.
Vários meios de comunicação americanos tinham já divulgado que pelo menos dois jovens cubanos de 19 anos tinham sido recrutados através das redes sociais. Estes jovens seriam aliciados com trabalhos na construção civil na Ucrânia e quando chegaram ao território foram integrados nas Forças Armadas russas que levam a acabo a ocupação do país. Já outros cubanos dizem ter ido para a Ucrânia sabendo que iam combater ao lado dos russos.
Cuba nega qualquer envolvimento ou cumplicidade com Moscovo e insiste que está a tentar neutralizar e desmantelar estas redes de tráfico de seres humanos.