O Presidente cabo-verdiano mostrou-se preocupado com a saída de jovens do país, ao presidir na cidade dos Mosteiros, na ilha do Fogo, a sessão solene da Assembleia Municipal dos Mosteiros, acto que marca o início das festividades do Dia do Município e da Santa Padroeira, que se comemora na próxima terça-feira. José Maria Neves disse que nos últimos tempos tem-se registado uma saída sem precedentes de cabo-verdianos para o exterior, sejam quadros qualificados, sejam não qualificados, mas sobretudo jovens que querem sair para procurar outras oportunidades lá fora.
Para o Presidente da República, José Maria Neves, é necessário repor a mão-de-obra que tem saído, observando que esta saída cria espaços vazios no tecido produtivo, económico e sociocultural, que devem ser preenchidos, e formatar as políticas públicas para responder a este impacto de saída de quadros.
O chefe de Estado cabo-verdiano discursava na sexta-feira na sessão solene da Assembleia Municipal dos Mosteiros, na ilha do Fogo, evento que marca o início das festividades do Dia do Município e da Santa Padroeira, que se comemora na próxima terça-feira. Foi na autarquia de Mosteiros que o chefe de Estado reconheceu o trabalho das autoridades locais na exploração das potencialidades humanas e financeiras para o desenvolvimento socioeconómico local. José Maria Neves felicitou o presidente da câmara dos Mosteiros, Fábio Vieira, que deverá assumir no mês de Setembro a presidência da Associação dos Municípios Fogo/Brava, destacando as “enormes responsabilidades” que o autarca terá no desenvolvimento das localidades.
Na quarta-feira passada, 09 de Agosto, o presidente da Juventude do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (JPAI), Fidel Cardoso de Pina, foi à Presidência da República manifestar a José Maria Neves a sua preocupação em relação à saída de jovens quadros do país. Fidel de Pina disse que a saída de jovens “pode colocar em causa o futuro do país como a perda massiva de quadros cabo-verdianos, falta de ecossistemas e de políticas públicas para a juventude devido à falta de confiança no Governo”.