O ministro da Economia exortou, ontem, no Lubango, os empresários da Huíla a aderirem ao Crédito Agrícola de Investimentos por ser um dos incentivos ao desenvolvimento do sector e favorecer o escoamento da produção agro-pecuária.
Abraão Gourgel, que reuniu com mais de 50 empresários de várias agremiações, anunciou que o Executivo desenvolve programas e prepara outras acções para fazer face às dificuldades do sector empresarial público e privado, principalmente as vividas por este último.
“Estamos a fazer contenção de despesas e um esforço para a consolidação fiscal, de modo a que os indicadores macroeconómicos nos permitam criar condições de estabilidade suficiente para relançar a actividade produtiva e incrementar a diversificação da nossa economia”, disse o ministro.
Com isso, afirmou, o Executivo pretende criar condições de base para o crescimento mais rápido e de forma mais sustentada dos empresários. “As condições implicam uma taxa de inflação decrescente e contenção das despesas, de modo a não pôr em causa os indicares macroeconómicos e as acções de fomento da actividade empresarial”, disse.
Abraão Gourgel declarou que, após a aprovação da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas, com programas de desenvolvimento estabelecidos, ficaram formalizadas as medidas para impulsionar a actividade das firmas privadas, que são a maioria no país.
O programa prevê mecanismos de garantia de créditos, em fase de conclusão, financiamentos e suporte institucional, assim como o apoio à formação dos empresários.
“Consideramos também poderosos o Crédito Agrícola de Campanha, em curso e com resultados muito satisfatórios, e o Crédito Agrícola de Investimentos, lançado recentemente”, acrescentou.
Diversificar a economia
O consultor do ministro, Licínio Contreiras, ao dissertar sobre o Programa de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas, referiu que o propósito das acções do Executivo é diversificar a economia, reduzir as importações e estimular a produção nacional. Com isso, frisou, pretende-se dinamizar e apoiar os empresários privados nos domínios de financiamento, qualidade do capital humano, apoio do Estado na desburocratização do sistema de criação de empresas e no consumo da produção nacional.
O consultor anunciou que se prevê gastar, no próximo ano, 274 milhões de dólares em acções ligadas às micro, pequenas e médias empresas e que está prevista a criação de 300 mil postos de trabalho e o aumento do número de firmas nacionais.
Os empreendedores, disse, devem dirigir-se ao Instituto Nacional de Pequenas e Médias Empresas (INAPEM, que vai ter um gabinete especifico para prestar esclarecimentos e ajudar os empresários quanto às inovações criadas pelo Executivo.
Sobre o Crédito Agrícola de Campanha, o consultor do ministro da Economiasublinhou que foram entregues aos agricultores associados em várias cooperativas do país fundos avaliados em 67 milhões de dólares. Na província da Huíla, o valor disponibilizado pelos bancos operadores ascende a quatro milhões de dólares e contemplou 82 cooperativas de agricultores.
Fonte: JA